Problema Para Liderar e Me Sentir Capaz: Como Superei na Prática
Assumir um papel de liderança sempre me trouxe um misto estranho de empolgação e temor. A cada nova responsabilidade ou desafio, era como se eu ouvisse a pergunta ecoando dentro de mim: “Será que sou suficientemente bom para isso?” Esse dilema não aparecia só no discurso interno, ele era um peso real, sentido no peito e refletido até nos detalhes mais cotidianos do trabalho. O mais marcante foi perceber, depois de muitos altos e baixos, que essa sensação está longe de ser exclusiva minha—especialmente para nós, neurodivergentes.
Eu cresci lidando com rótulos, críticas e aquela sombra silenciosa da dúvida. Liderar, durante muito tempo, parecia tarefa dos outros: daqueles que se encaixavam nos modelos tradicionais, que nunca esqueciam prazos ou mudavam o foco no meio da reunião. Demorou para enxergar que há muitos jeitos de comandar, e que superar a barreira do sentimento de incapacidade seria uma longa jornada, mas possível. Quero compartilhar os caminhos práticos, aprendizados e tropeços que vivi nesse processo, na esperança de ajudar quem passa por dilemas semelhantes.
Quando liderar parecia inalcançável
No início da minha carreira, a liderança tinha rosto e endereço fixos. Era sempre alguém extrovertido, articulado, bom de improviso e seguro de si. Minha memória ainda guarda a primeira vez em que fui convidado para liderar um pequeno projeto. Por fora, tentei aparentar estabilidade; por dentro, a ansiedade e o medo de falhar eram tão fortes que quase recusei a tarefa.
O famoso sentimento de impostor era meu parceiro inseparável. Eu me perguntava o tempo todo se alguém descobriria que eu não era tão preparado quanto imaginavam. Na prática, minha autocrítica me fazia revisar cada detalhe mil vezes, perder noites de sono e esquecer das minhas próprias conquistas—afinal, para mim, nada do que eu fazia parecia suficiente.
Mas liderar nunca foi apenas comandar tarefas ou orientar pessoas. Assumir uma posição de destaque exige muita coragem para enfrentar a autossabotagem e lidar com a visibilidade dos erros. Para quem é neurodivergente, há ainda o bônus dos olhares de desconfiança e de uma pressão silenciosa para “ser como os outros”. E, para mim, esse foi só o começo do desafio.
Sentir-se fora do padrão e a difícil arte de pertencer
Logo percebi que meu jeito de pensar e agir destoava do esperado: eu era intenso em algumas ideias, disperso em outras e, muitas vezes, parecia não conseguir me expressar com clareza na correria das reuniões. Recebi olhares tortos, silêncios constrangedores e até correções públicas que, sem querer, me faziam sentir ainda menor. Para cada frase travada ou raciocínio atropelado, vinha o medo de reforçar os rótulos do passado: preguiçoso, lento, ansioso.
Não pertencimento dói diferente: ele mina a autoestima dia após dia.
Os perfis diferentes sempre são questionados, mas para quem tem TDAH, autismo ou altas habilidades, isso se intensifica. Vi isso depois de conhecer relatos de outras pessoas neurodivergentes em projetos como o Felizmente, onde a partilha dessas vivências é valorizada. O sentimento de outsider, de quem está sempre tentando se encaixar, é exaustivo, principalmente quando a cobrança por resultados anda junto com a sensação constante de inadequação.
O medo de ser descoberto e o ciclo da autocrítica
A cada reunião liderada, deadline cumprido ou meta entregue, a insegurança dava um jeito de se infiltrar. “Foi sorte, qualquer um conseguiria”, era o que a voz da autocrítica sussurrava. Disfarçar dificuldades virou hábito: tentava parecer sempre atento, organizado, disponível. O problema é que, quanto mais tentava “passar despercebido”, mais me sentia sozinho e falso.
Hoje sei que essa dinâmica não é rara. Sentir-se um impostor pode causar bloqueios reais na hora de assumir novas responsabilidades, mesmo já tendo comprovações de competência. E não é só impressão: dados do artigo sobre Síndrome do Impostor apontam como esse fenômeno é comum em ambientes profissionais com muita cobrança, afetando em cheio a saúde mental dos colaboradores.
Construindo autoconhecimento por necessidade, não por moda
Levei quase duas décadas para descobrir minha neurodivergência. Antes, buscava formas de lidar com o sentimento de não ser suficiente me cobrando ainda mais. Só quando parei para pensar honestamente sobre mim, fui percebendo padrões: tendências à hiperfocalização em alguns temas, dificuldade com tarefas repetitivas e um perfeccionismo exaustivo. Descobrir que tudo isso tinha nome foi libertador e doloroso ao mesmo tempo.
No projeto Felizmente, entendemos que autoconhecimento não é luxo ou tendência, mas questão de sobrevivência para pessoas atípicas. Aprender sobre si mesmo permite identificar limites, reconhecer conquistas e buscar ajuda sem vergonha. Só assim pude começar a separar o que realmente era limitação do que era apenas uma visão distorcida de mim mesmo.
O papel do apoio profissional e da mentoria
A primeira vez que procurei uma terapeuta com experiência em neurodiversidade tive receio de ser rotulado novamente. Aos poucos, vi que, quando o profissional é acolhedor, a terapia deixa de ser um julgamento e passa a ser uma rede de apoio. Nessas conversas, pude falar sobre medos de fracassar, traçar estratégias para lidar com ansiedade e até celebrar pequenos progressos.
Além da terapia, conversar com outras pessoas que já passaram pelo mesmo também ajudou demais. No trabalho, tive a sorte de encontrar um gestor que, mesmo sem compreender todos os detalhes da minha situação, me acolheu e estimulou meu jeito próprio de liderar. Mentorias informais, muitas vezes, fazem toda a diferença na busca pelo equilíbrio e na redução da insegurança.
Pesquisas recentes, como a discussão sobre profissionais neurodivergentes no mercado de trabalho, confirmam a necessidade de ambientes mais abertos ao diálogo e à individualidade. Ainda temos um longo caminho para criar espaços 100% acolhedores, mas cada passo já traz algum alívio.
Pequenas conquistas: o poder dos avanços não óbvios
Quando percebi que meu jeito de pensar não mudaria do dia para a noite, tentei valorizar pequenos avanços. Isso não foi automático. No começo, esperava aplausos só pelos grandes feitos. Só depois de muitos tombos entendi: Reconhecer as pequenas vitórias é um dos antídotos mais poderosos contra a sensação de incapacidade.
- Consegui terminar uma reunião sem devaneios? Vitória.
- Lembrei da pauta sem precisar checar as anotações dez vezes? Outro avanço.
- Deleguei, mesmo com medo de que fizessem diferente? Isso, para mim, foi revolução.
Com o tempo, transformar esses pequenos passos em marcos internos me permitiu ver progresso onde antes só havia crítica. Nem sempre alguém de fora vai enxergar, mas criar esse ritual de reconhecimento faz diferença, principalmente para quem enfrenta desafios invisíveis na rotina.
Feedback honesto: nem só elogio nem só crítica
No passado, pedia feedback esperando só elogios, para aliviar um pouco a pressão que fazia comigo mesmo. Demorou para cair a ficha de que o retorno mais valioso é aquele que mostra pontos reais de melhoria, mas também aponta conquistas. Buscar colegas e líderes que ofereçam esse tipo de retorno, sincero e respeitoso, ajudou bastante.
Claro que, em alguns ambientes, receber feedback pode ser experiência desconfortável, até traumática. Se for assim, talvez seja melhor procurar por um grupo de apoio externo, mentorias ou até fóruns especializados. Em projetos como o Felizmente, reconheço o valor de compartilhar experiências e ouvir histórias de outros líderes atípicos.
Meu estilo único de liderar: a autenticidade como caminho
Quando paramos de tentar copiar os outros e aceitamos nosso próprio ritmo, surgem as melhores ideias e soluções. Aos poucos, fui percebendo que o que mais engajava minha equipe eram a paixão e a autenticidade. Se me empolgo com um tema, trago energia de verdade para as reuniões; se não sei algo direito, aprendi a dizer: “Não tenho certeza, mas vou descobrir.”
Essa transparência tornou o clima mais confortável para todos. Equipes tendem a confiar mais quando percebem sinceridade, não perfeição. Liderar com vulnerabilidade cria laços de confiança pelos motivos certos.
O ambiente de trabalho e a pressão do encaixe
Em muitos ambientes corporativos, o modelo de liderança ainda é tradicional. Espera-se que o líder seja sempre racional, objetivo, rápido nas decisões, equilibrado em todas as situações. Para quem é neurodivergente, essa pressão pode se tornar imensa. Estudos como o artigo ‘Diversidade e inclusão no ambiente corporativo administrativo para pessoas neurodivergentes’ indicam que políticas de inclusão autênticas fazem diferença tanto no bem-estar quanto na produtividade (leia mais sobre políticas de inclusão).
Por experiência, sei que ambientes flexíveis e abertos ao diálogo ajudam a reduzir a ansiedade do encaixe a qualquer custo. Isso não significa aceitar tudo sem critérios, mas reconhecer a pluralidade como valor real. Num mundo em que o Censo Demográfico 2022 já identificou mais de 2 milhões de brasileiros com TEA (Fonte IBGE), não faz sentido esperar que todos liderem do mesmo jeito.
Neurodiversidade e liderança: dores e possibilidades
Se por um lado a neurodiversidade traz desafios diários, por outro, carrega perspectivas muito inovadoras para equipes. A convivência com o TDAH, autismo, ou altas habilidades, já descritas em detalhes em estudos como desafios de ser superdotado e os impactos na vida, mostra que existe mais de uma forma de pensar e solucionar problemas.
Meu olhar diferente é meu maior trunfo, não meu maior erro.
Claro, nem tudo vira inspiração. Há dias de desgaste, e, sim, muitos projetos já deram errado pelo caminho. O que aprendi é que criar estratégias próprias, sem copiar métodos prontos de outros, é o que realmente funciona no longo prazo. Abaixo, compartilho algumas práticas que têm me auxiliado:
- Pausas intencionais: quando a ansiedade ameaça, paro por uns minutos para respirar ou caminhar e volto melhor.
- Mapeamento de gatilhos: tento identificar o que costuma me travar. Assim, dá para antecipar alguns obstáculos e contornar outros.
- Divisão de tarefas: prefiro separar demandas complexas em blocos menores e comemorar o fechamento de cada etapa.
- Comunicação aberta: deixo claro à equipe que existem dias em que preciso de mais foco e menos interrupções.
- Troca com pares: conversar com outras pessoas neurodivergentes é rico. Não há julgamento, só escuta e partilha autêntica.
Valorizando o próprio caminho: aprendendo com erros e acertos
No exercício da liderança, já fiz escolhas questionáveis. Já confiei demais em processos que não faziam sentido para mim, já me culpei pelas dificuldades naturais do percurso, já tentei esconder meu jeito autêntico com medo de ser criticado. Aos poucos, fui reconciliando o erro como etapa inevitável e a vulnerabilidade como ponte para relacionamentos mais sinceros.
O texto sobre superdotação, sintomas e desafios traz um ponto interessante: para pessoas com altas habilidades, errar é fonte de dor, dúvida e, muitas vezes, autossabotagem. Vi isso na prática. Mas o caminho mais leve passa justamente pelo acolhimento interno—parar de ser o próprio algoz e tratar as falhas como parte real do processo de construir autonomia e maturidade.
Outro ponto fundamental são materiais de apoio diversos, como os que encontro em materiais educativos e de apoio. Eles podem ser valiosos para fortalecer nosso repertório e diminuir o senso de isolamento. Informação e partilha tornam o caminho menos árido, mais humano.
O acolhimento coletivo é chave para mudar a cultura
Nenhuma transformação é fruto só de esforço individual. O ambiente faz diferença. Equipes que valorizam diferenças, que ouvem sem pressupor padrões rígidos, são espaço fértil para crescer, errar, aprender e tentar de novo. Pesquisas como a da neuropediatra Fernanda Dubourg reafirmam que a identificação e acolhimento precoce das diferenças ajudam muito no desenvolvimento pleno, inclusive entre adultos.
No mundo do trabalho, pôr em prática políticas de inclusão, como defendido em estudos sobre diversidade e inclusão, não é só questão de justiça: amplia resultados e cria equipes mais criativas. Na minha jornada, sentir-me acolhido fez toda diferença. E, quando pude, busquei ser o acolhedor de outros que chegaram com dúvidas parecidas com as minhas.
Ninguém precisa liderar sozinho. Nem precisa liderar igual a todo mundo.
Cuidados pessoais: o autocuidado como ferramenta silenciosa de liderança
Confesso que negligenciei o autocuidado por muito tempo. Achava que descansar era perder tempo, que pedir ajuda era sinal de fraqueza. Hoje, vejo que, se não cuidar da minha saúde física e mental, tudo começa a desmoronar. Da alimentação ao sono e exercícios, pequenas atitudes diárias fazem diferença não apenas para mim, mas para toda a equipe.
Na rotina de autocuidado, há um ponto crucial: permitir-se parar sem culpa. Sair para caminhar, tomar um café sem pressa, conversar sobre assuntos aleatórios—tudo isso renova a força para tomar decisões difíceis, enfrentar dias de conflito ou propor ideias ousadas.
Superando, errando e recomeçando: a liderança real
Olho para trás e percebo que minha maior vitória nunca foi um prêmio ou promoção. Foi continuar tentando, ajustando e, principalmente, aceitando minha singularidade. A liderança real, para mim, é um processo em andamento, construído sobre insegurança, tentativa e descoberta.
No projeto Felizmente aprendi que transformar vivências em conteúdos de acolhimento pode mudar vidas. Cada relato, cada dúvida partilhada, mostra o quanto há de comum no que parecia ser exclusivo. Se você luta para acreditar que pode liderar e duvida da sua própria capacidade, saiba que não está só. É possível construir uma trajetória de sucesso à sua maneira, com suas ferramentas, no seu tempo.
Faço questão de ressaltar: não existe liderança perfeita, existe liderança honesta. Autenticidade conecta, promove lealdade e cria bases sólidas para transformar ambientes e pessoas. Seja qual for seu ponto de partida, invista em se conhecer, busque apoio e permita-se errar (e acertar) sem culpa.
Conclusão: sua liderança é possível, do seu jeito
No fim das contas, superar a sensação de incapacidade e assumir papéis de liderança, especialmente sob uma perspectiva neurodivergente, diz muito mais sobre resiliência e autocompaixão do que sobre perfeição. A cada pequeno avanço reconhecido, a cada feedback recebido e incorporado, a cada vez que opto pelo meu jeito de comandar e não pelo modelo idealizado, conquisto não só a confiança da equipe, mas principalmente, a minha própria.
A liderança que transforma é aquela que acolhe a si mesma primeiro.
Se você chegou até aqui, é porque acredita que pode fazer diferente. Siga aprendendo, questionando e se permitindo errar. Conheça mais das histórias, materiais e reflexões do projeto Felizmente, Onde a Esperança Nunca Morre, e descubra possibilidades de transformação a partir das suas experiências. Liderança autêntica é possível, especialmente para quem aprende a partir das próprias dores, dúvidas e superações. Caminhe conosco e compartilhe seu caminho também!
Perguntas frequentes sobre liderança e autossuperação
O que é dificuldade para liderar?
Dificuldade para liderar é quando alguém enfrenta desafios para assumir papéis de comando, organizar pessoas ou tomar decisões. Pode envolver insegurança, medo de falhar ou sentir-se incapaz de lidar com responsabilidades. Muitas vezes, isso está ligado ao excesso de autocrítica, experiências passadas difíceis ou diferenças individuais, como fatores ligados à neurodivergência. Quem sente essa dificuldade, normalmente, interpreta situações de pressão como prova de que não nasceu para ser líder. Mas, com apoio e autoconhecimento, é possível transformar esse cenário.
Como superar o medo de liderar?
O caminho para diminuir o medo de liderar começa pelo autoconhecimento e por pequenas metas alcançáveis. Uma dica prática é reconhecer suas pequenas vitórias e buscar feedback honesto, pois isso ajuda a enxergar evolução real, mesmo quando ela parece invisível. Conversar com colegas, procurar mentorias ou participar de espaços de partilha, como projetos de acolhimento, também facilita essa jornada. Outra estratégia valiosa envolve aceitar a possibilidade de errar como parte fundamental do processo, afastando-se da ideia de perfeição inatingível.
Quais são os sinais de autossabotagem na liderança?
Entre os sinais de autossabotagem estão procrastinação, autodepreciação, medo extremo de críticas e a constante sensação de não estar pronto. Pode ser também desconfiar demais das próprias conquistas, evitar oportunidades novas por receio de fracassar ou até isolar-se do restante do grupo por achar que não é digno de ocupar espaço. Esses sinais costumam se intensificar quando há pressão, expectativas elevadas ou histórico de rejeição em outros contextos.
Como desenvolver autoconfiança para liderar?
Desenvolver autoconfiança é processo, não mágica. Algumas estratégias: celebrar pequenas conquistas, buscar feedback sincero (inclusive da equipe liderada) e investir em autoconhecimento. Exercícios de autocompaixão, pausas intencionais na rotina e trocas com pessoas que entendem suas particularidades também ajudam. O mais importante: permita-se ser autêntico. A confiança cresce à medida que reconhecemos nossas forças e acolhemos as vulnerabilidades.
Vale a pena buscar ajuda profissional para liderar melhor?
Sim, buscar apoio profissional pode transformar a experiência de quem sente dificuldades ao liderar. Terapeutas e mentores fornecem um olhar externo, propõem reflexões e estratégias práticas para lidar com insegurança, organização e ansiedade. No contexto da neurodiversidade, profissionais preparados podem ajudar a identificar caminhos e recursos sob medida, aumentando a sensação de pertencimento e capacidade real de liderar de verdade.
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